
Nada é o que parece, ao deitarmos as mãos a uma conspiração de proporções épicas na aventura luxuosa e desafiadora de géneros de Michel Ancel.
Imaginem a cena. Com a tenra idade de 19 anos, crias uma personagem de plataformas, sem braços e sem pernas, com o nome de Rayman. O jogo resultante e respectiva sequela vende, literalmente, milhões de unidades em todo o mundo e a tua criação deficiente transforma-se numa das mais reconhecidas personagens a nível mundial. Portanto, o que fazes a seguir? Para muitos, esta resposta seria simples: continuas a lucrar com a série comercialmente viável e expandes a fórmula com cada nova edição. Ou, por outras palavras, relaxas e disfrutas dos lucros. Mas não foi o que fez Michel 'Rayman' Ancel. Em vez disso, ele optou por uma função secundária no desenvolvimento de Rayman 3: Hoodlum's Havoc, fundou um novo estúdio de programação nos pitorescos ambientes de Montpellier e apresentou um projecto completamente novo a quem mexe os cordelinhos na UbiSoft (que, para seu bem, aprovou). E assim nasceu 'Project BG&E' (o primeiro título do projecto).
Então, talvez perguntem vocês, porquê a lição de História? Bem, porque mostra porquê o BG&E é tão especial. Em primeiro lugar, realça o facto de se tratar de um título original. É original em todos os sentidos da palavra: recusa ser aprisionado nos géneros tradicionais e está a rebentar pelas costuras de boas ideias e inovações genuínas. E também, e esta é a chave, BG&E não é um jogo que Michel Ancel precisasse de fazer (com vendas de mais de 10 milhões no seu currículo, provavelmente, conseguia viver sem ter de voltar a ligar um computador). Em vez disso, Beyond Good & Evil é um jogo que ele queria fazer. Tudo isto é evidente no rico e distinto estilo gráfico, na variada e viciante jogabilidade e na bem conseguida história do jogo. Beyond Good & Evil é um verdadeiro produto do amor.
Bem-vindo a Hyllis
A acção começa na Casa do Farol, onde podes ter o primeiro gostinho do combate e onde recebes a tua fiel câmara. Rapidamente, vês-te a atravessar as brilhantes águas azuis de Hyllis no teu hovercraft e é bem provável que nunca mais voltes a ver tão magnífica imagem dentro de um jogo até ao fim dos teus dias. O mundo do jogo abre-se, sedutoramente, perante os teus olhos, com lindas vistas em todas as direcções. Visualmente, Beyond Good & Evil é um dos mais bem feitos jogos a chegar às nossas mãos desde há muito tempo; a atenção ao detalhe é alucinante, o desenho das personagens e das criaturas (Hyllis alberga uma grande variedade de formas de vida exóticas e alienígenas) é meticulosa e os ambientes são luxuosamente apresentados.
Em missão
Antes de conseguires começar a desvendar os mistérios, fotografando provas e expondo conspirações, tens algumas preocupações financeiras. A jovem Jade está tão tesa que, mesmo no início do jogo, os poderes do escudo da Casa do Farol (a sua única defesa contra os ataques das forças alienígenas) estão em baixo porque a nossa heroína não tem crédito suficiente para pagar a conta da luz. Felizmente, surge uma solução temporária para a pobreza de Jade; o Science Centre (centro científico) está a catalogar todos os animais de Hyllis e pretende pagar uma boa soma por fotografias decentes de quaisquer espécies que surjam nas tuas viagens. Assim, na primeira saída de Hyllis, uma das tuas principais preocupações é fotografar a vida selvagem e enviar as tuas fotografias para o Centro Científico. Tudo isto parece ser uma forma incrivelmente chata de passares os teus primeiros momentos em Hyllis, mas tem de ser assim. No entanto, estás a ganhar treino na utilização de uma das principais peças do teu equipamento e, ao mesmo tempo, a fazeres algum dinheiro. Esperto, ãh?
Além de ganhares o pão com as tuas habilidades de fotógrafo, também há um trabalho à tua espera para um misterioso cliente na Black Isle (ilha negra), que acaba por ser a tua primeira missão a sério. Contudo, cabe-te a ti escolher quando deves encontrar-te com o cliente; em alternativa, optámos por avançar para a City (cidade) e participar em algumas corridas de hovercraft ao estilo de Wipeout, que é apenas um exemplo dos muitos mini-jogos, missões opcionais e diversões generosamente espalhadas por Hyllis. Outras diversões incluem as clássicas corridas de rua nos 'cups', uma versão "Hylliana" do hóquei no gelo, e rasgar túneis em espectaculares sequências de perseguição. Embora possas receber um ocasional lembrete de que os clientes estão à tua espera, eles, coitados, são almas muito pacientes e, regra geral, o tempo em Hyllis está sob o teu comando. BG&E recompensa, consistentemente, os jogadores mais curiosos, o que nos parece ser apropriado para um jogo cujo protagonista é uma repórter.
Luta!
Mas não vais só fotografar e participar em jogos; afinal de contas, está uma guerra a decorrer (ou não...?). O sistema de combate de BG&E é sensível ao contexto; a Jade só aplica os seus conhecimentos de aikido se existirem inimigos nas imediações. Sempre que se aproximam seres hostis, é iniciado um sistema de mira automático e podes libertar uma sequência de ataques devastadores, utilizando apenas batidas repetidas no botão X em conjunto com algumas reviravoltas artísticas com o manípulo analógico esquerdo.
Tão simples quanto parece (e, de facto, é), trata-se de um surpreendentemente robusto e gratificante sistema de combate. Embora tenhas bastantes oportunidades para misturares movimentos, o combate não é o principal aspecto do jogo. Na verdade, os recursos de Jade são efectivamente a sua única arma, embora, em secções posteriores do jogo, consigas adquirir uma excelente engenhoca chamada Gyro-disc launcher (lançador de discos giratórios), que dispara pequenos projécteis tipo discos da tua câmara.
Traz um amigo também
Apesar de ser uma mulher extremamente independente e moderna, Jade não é uma lutadora solitária. Ela está acompanhada, pelo menos na primeira parte do jogo, por Pey'j, o seu tio suíno (que é alvo de muitas piadas relacionadas com presunto e costeletas ao longo do jogo). Pey'j não é uma personagem jogável, mas, ocasionalmente, está disponível para te ajudar, tanto nos combates como na resolução de quebra-cabeças. No combate, uma única pressão de um botão activa o seu 'Jet boots attack' (ataque de botas a jacto), enquanto que em situações mais pacíficas, a mesma pressão do botão faz com que Pey'j utilize uma das suas ferramentas e/ou engenhos para ajudar. Em troca, tens de mantê-lo vivo protegendo-o durante os combates e, sempre que a situação justificar, oferecer-lhe mimos que restabelecem a saúde do teu inventário pessoal.
Além disso, Hyllis está repleta de personagens coloridas, a maior parte das quais tem todo o prazer em trocar algumas palavras (nem sempre simpáticas) contigo, nem que seja só para um pouco de conversa fiada ou expressar surpresa quando te enganas na sua identidade e dizes algumas palavras em código destinadas a outra pessoa. Esta situação dá uma nova dimensão de RPG ao jogo, que, em conjunto com os vários mini-jogos, faz com que o tempo que passas em Hyllis pareça uma eternidade.
Controlos inteligentes
Quando visitámos o estúdio da UbiSoft em Montpellier no início deste ano e entrevistámos Michel Ancel (ver Artigos Relacionados, em seguida), ele contou-nos que um dos maiores desafios no desenvolvimento de BG&E foi a conclusão dos controlos. O que não nos surpreende dada a vasta gama de estilos de jogo incluída neste título. No entanto, quando jogas o jogo, nada te faz pensar que isto foi alguma vez uma dificuldade. Tudo no jogo está conjugado com uma tamanha lógica, que nem vais duvidar que botão tens de premir antes de o fazeres, mesmo quando estás na presença de uma actualização ou de uma nova função.
Por exemplo, da primeira vez que saltas para o teu hovercraft (saltar é uma das muitas acções que o jogo faz por ti), já sabes qual é o botão que faz disparar a arma e qual o botão que controla o teu turbo; são os mesmos que os controlos de Jade para o ataque e a corrida, respectivamente. Posteriormente, o teu hovercraft é actualizado para uma nave espacial completa, dando, literalmente, uma nova dimensão ao jogo, mas, instintivamente, sabes como pilotá-la. Durante determinadas secções, a Jade entra automaticamente num modo de acção sub-reptícia, que dá um novo elemento à jogabilidade, mas, novamente, os controlos permanecem consistentes e intuitivos. Só te apercebes de quão inteligentes são os controlos quando pensas bem nisso; esse é o verdadeiro génio de BG&E, apesar da imensa variedade de géneros representados (aventura, RPG, acção, combate, corridas, acção sub-reptícia e muito mais), o jogo está tão bem pensado e é uma experiência tão coesa, que nem pensas no assunto.
Mais acima e mais além
O que é inicialmente impressionante acerca de Beyond Good & Evil é a alucinante dimensão do título, mas, após algumas horas de jogo, o que é ainda mais impressionante é a forma como tudo continua a ser bem executado e conjugado. Durante cerca de oito horas de jogo explorei, combati, corri, persegui, fui perseguido, completei inúmeras missões, resolvi quebra-cabeças, fotografei dezenas de espécies, comprei actualizações para o meu hovercraft, joguei vários mini-jogos e explorei partes interditas de Hyllis. Em todo esse tempo, não encontrei uma única faceta do jogo que não "funcionasse". Tudo o que encontrei até esse ponto funcionava bem, mesmo bem e não parece ter sido "enfiado" ou meramente incluído.
Mas, em última instância e apesar dos nossos imensos elogios às proezas técnicas do jogo, os magníficos gráficos e a encantadora atmosfera, Beyond Good & Evil é um daqueles jogos que tens de jogar para acreditar. Para ser franco, acho que é um jogo difícil para fazer um artigo, só porque as palavras e as imagens não parecem fazer justiça a esta experiência. Gosto de pensar que se trata mais de uma reflexão acerca do charme único de BG&E do que as minhas proezas como escritor, mas seja como for, não me canso de recomendar este título. É inteligente, ambicioso, bonito, divertido e merece toda a nossa indisputável atenção.
Imaginem a cena. Com a tenra idade de 19 anos, crias uma personagem de plataformas, sem braços e sem pernas, com o nome de Rayman. O jogo resultante e respectiva sequela vende, literalmente, milhões de unidades em todo o mundo e a tua criação deficiente transforma-se numa das mais reconhecidas personagens a nível mundial. Portanto, o que fazes a seguir? Para muitos, esta resposta seria simples: continuas a lucrar com a série comercialmente viável e expandes a fórmula com cada nova edição. Ou, por outras palavras, relaxas e disfrutas dos lucros. Mas não foi o que fez Michel 'Rayman' Ancel. Em vez disso, ele optou por uma função secundária no desenvolvimento de Rayman 3: Hoodlum's Havoc, fundou um novo estúdio de programação nos pitorescos ambientes de Montpellier e apresentou um projecto completamente novo a quem mexe os cordelinhos na UbiSoft (que, para seu bem, aprovou). E assim nasceu 'Project BG&E' (o primeiro título do projecto).
Então, talvez perguntem vocês, porquê a lição de História? Bem, porque mostra porquê o BG&E é tão especial. Em primeiro lugar, realça o facto de se tratar de um título original. É original em todos os sentidos da palavra: recusa ser aprisionado nos géneros tradicionais e está a rebentar pelas costuras de boas ideias e inovações genuínas. E também, e esta é a chave, BG&E não é um jogo que Michel Ancel precisasse de fazer (com vendas de mais de 10 milhões no seu currículo, provavelmente, conseguia viver sem ter de voltar a ligar um computador). Em vez disso, Beyond Good & Evil é um jogo que ele queria fazer. Tudo isto é evidente no rico e distinto estilo gráfico, na variada e viciante jogabilidade e na bem conseguida história do jogo. Beyond Good & Evil é um verdadeiro produto do amor.
Bem-vindo a Hyllis
A acção começa na Casa do Farol, onde podes ter o primeiro gostinho do combate e onde recebes a tua fiel câmara. Rapidamente, vês-te a atravessar as brilhantes águas azuis de Hyllis no teu hovercraft e é bem provável que nunca mais voltes a ver tão magnífica imagem dentro de um jogo até ao fim dos teus dias. O mundo do jogo abre-se, sedutoramente, perante os teus olhos, com lindas vistas em todas as direcções. Visualmente, Beyond Good & Evil é um dos mais bem feitos jogos a chegar às nossas mãos desde há muito tempo; a atenção ao detalhe é alucinante, o desenho das personagens e das criaturas (Hyllis alberga uma grande variedade de formas de vida exóticas e alienígenas) é meticulosa e os ambientes são luxuosamente apresentados.
Em missão
Antes de conseguires começar a desvendar os mistérios, fotografando provas e expondo conspirações, tens algumas preocupações financeiras. A jovem Jade está tão tesa que, mesmo no início do jogo, os poderes do escudo da Casa do Farol (a sua única defesa contra os ataques das forças alienígenas) estão em baixo porque a nossa heroína não tem crédito suficiente para pagar a conta da luz. Felizmente, surge uma solução temporária para a pobreza de Jade; o Science Centre (centro científico) está a catalogar todos os animais de Hyllis e pretende pagar uma boa soma por fotografias decentes de quaisquer espécies que surjam nas tuas viagens. Assim, na primeira saída de Hyllis, uma das tuas principais preocupações é fotografar a vida selvagem e enviar as tuas fotografias para o Centro Científico. Tudo isto parece ser uma forma incrivelmente chata de passares os teus primeiros momentos em Hyllis, mas tem de ser assim. No entanto, estás a ganhar treino na utilização de uma das principais peças do teu equipamento e, ao mesmo tempo, a fazeres algum dinheiro. Esperto, ãh?
Além de ganhares o pão com as tuas habilidades de fotógrafo, também há um trabalho à tua espera para um misterioso cliente na Black Isle (ilha negra), que acaba por ser a tua primeira missão a sério. Contudo, cabe-te a ti escolher quando deves encontrar-te com o cliente; em alternativa, optámos por avançar para a City (cidade) e participar em algumas corridas de hovercraft ao estilo de Wipeout, que é apenas um exemplo dos muitos mini-jogos, missões opcionais e diversões generosamente espalhadas por Hyllis. Outras diversões incluem as clássicas corridas de rua nos 'cups', uma versão "Hylliana" do hóquei no gelo, e rasgar túneis em espectaculares sequências de perseguição. Embora possas receber um ocasional lembrete de que os clientes estão à tua espera, eles, coitados, são almas muito pacientes e, regra geral, o tempo em Hyllis está sob o teu comando. BG&E recompensa, consistentemente, os jogadores mais curiosos, o que nos parece ser apropriado para um jogo cujo protagonista é uma repórter.
Luta!
Mas não vais só fotografar e participar em jogos; afinal de contas, está uma guerra a decorrer (ou não...?). O sistema de combate de BG&E é sensível ao contexto; a Jade só aplica os seus conhecimentos de aikido se existirem inimigos nas imediações. Sempre que se aproximam seres hostis, é iniciado um sistema de mira automático e podes libertar uma sequência de ataques devastadores, utilizando apenas batidas repetidas no botão X em conjunto com algumas reviravoltas artísticas com o manípulo analógico esquerdo.
Tão simples quanto parece (e, de facto, é), trata-se de um surpreendentemente robusto e gratificante sistema de combate. Embora tenhas bastantes oportunidades para misturares movimentos, o combate não é o principal aspecto do jogo. Na verdade, os recursos de Jade são efectivamente a sua única arma, embora, em secções posteriores do jogo, consigas adquirir uma excelente engenhoca chamada Gyro-disc launcher (lançador de discos giratórios), que dispara pequenos projécteis tipo discos da tua câmara.
Traz um amigo também
Apesar de ser uma mulher extremamente independente e moderna, Jade não é uma lutadora solitária. Ela está acompanhada, pelo menos na primeira parte do jogo, por Pey'j, o seu tio suíno (que é alvo de muitas piadas relacionadas com presunto e costeletas ao longo do jogo). Pey'j não é uma personagem jogável, mas, ocasionalmente, está disponível para te ajudar, tanto nos combates como na resolução de quebra-cabeças. No combate, uma única pressão de um botão activa o seu 'Jet boots attack' (ataque de botas a jacto), enquanto que em situações mais pacíficas, a mesma pressão do botão faz com que Pey'j utilize uma das suas ferramentas e/ou engenhos para ajudar. Em troca, tens de mantê-lo vivo protegendo-o durante os combates e, sempre que a situação justificar, oferecer-lhe mimos que restabelecem a saúde do teu inventário pessoal.
Além disso, Hyllis está repleta de personagens coloridas, a maior parte das quais tem todo o prazer em trocar algumas palavras (nem sempre simpáticas) contigo, nem que seja só para um pouco de conversa fiada ou expressar surpresa quando te enganas na sua identidade e dizes algumas palavras em código destinadas a outra pessoa. Esta situação dá uma nova dimensão de RPG ao jogo, que, em conjunto com os vários mini-jogos, faz com que o tempo que passas em Hyllis pareça uma eternidade.
Controlos inteligentes
Quando visitámos o estúdio da UbiSoft em Montpellier no início deste ano e entrevistámos Michel Ancel (ver Artigos Relacionados, em seguida), ele contou-nos que um dos maiores desafios no desenvolvimento de BG&E foi a conclusão dos controlos. O que não nos surpreende dada a vasta gama de estilos de jogo incluída neste título. No entanto, quando jogas o jogo, nada te faz pensar que isto foi alguma vez uma dificuldade. Tudo no jogo está conjugado com uma tamanha lógica, que nem vais duvidar que botão tens de premir antes de o fazeres, mesmo quando estás na presença de uma actualização ou de uma nova função.
Por exemplo, da primeira vez que saltas para o teu hovercraft (saltar é uma das muitas acções que o jogo faz por ti), já sabes qual é o botão que faz disparar a arma e qual o botão que controla o teu turbo; são os mesmos que os controlos de Jade para o ataque e a corrida, respectivamente. Posteriormente, o teu hovercraft é actualizado para uma nave espacial completa, dando, literalmente, uma nova dimensão ao jogo, mas, instintivamente, sabes como pilotá-la. Durante determinadas secções, a Jade entra automaticamente num modo de acção sub-reptícia, que dá um novo elemento à jogabilidade, mas, novamente, os controlos permanecem consistentes e intuitivos. Só te apercebes de quão inteligentes são os controlos quando pensas bem nisso; esse é o verdadeiro génio de BG&E, apesar da imensa variedade de géneros representados (aventura, RPG, acção, combate, corridas, acção sub-reptícia e muito mais), o jogo está tão bem pensado e é uma experiência tão coesa, que nem pensas no assunto.
Mais acima e mais além
O que é inicialmente impressionante acerca de Beyond Good & Evil é a alucinante dimensão do título, mas, após algumas horas de jogo, o que é ainda mais impressionante é a forma como tudo continua a ser bem executado e conjugado. Durante cerca de oito horas de jogo explorei, combati, corri, persegui, fui perseguido, completei inúmeras missões, resolvi quebra-cabeças, fotografei dezenas de espécies, comprei actualizações para o meu hovercraft, joguei vários mini-jogos e explorei partes interditas de Hyllis. Em todo esse tempo, não encontrei uma única faceta do jogo que não "funcionasse". Tudo o que encontrei até esse ponto funcionava bem, mesmo bem e não parece ter sido "enfiado" ou meramente incluído.
Mas, em última instância e apesar dos nossos imensos elogios às proezas técnicas do jogo, os magníficos gráficos e a encantadora atmosfera, Beyond Good & Evil é um daqueles jogos que tens de jogar para acreditar. Para ser franco, acho que é um jogo difícil para fazer um artigo, só porque as palavras e as imagens não parecem fazer justiça a esta experiência. Gosto de pensar que se trata mais de uma reflexão acerca do charme único de BG&E do que as minhas proezas como escritor, mas seja como for, não me canso de recomendar este título. É inteligente, ambicioso, bonito, divertido e merece toda a nossa indisputável atenção.
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